PERFUREI O POÇO, não encontrei água e agora?

A perfuração desenfreada de poços em momentos de crises hídricas tem trazido preocupação a geólogos e especialistas da área. Em períodos de longas secas, moradores de grandes metrópoles têm recorrido à perfuração de poços para obter o abastecimento rápido das suas necessidades. O desconhecimento sobre a área aliado ao atendimento da demanda urgente por acesso, leva muita gente a contratar empresas clandestinas. Estas não tem a mínima preocupação com os danos que podem causar uma perfuração sem um projeto e uma preparação.

“A situação pode ser evitada com estudo hidrogeológico.”

Essa pode ser uma das razões para a escassez desse recurso em cidades grandes. Há observação de que a cada seca se aumenta a profundidade da perfuração na tentativa de achar água. Além dos casos de contaminação que inviabilizaram o consumo de um bairro inteiro, em razão da alta taxa de magnésio e ferro encontrados na água. São exemplo de como se pode acabar com o recurso natural, de maneira inconsequente.

Como garantir que isso não vai acontecer comigo?

Apesar disso e de uma série de questões ambientais e econômicas envolvidas nessa atividade é importante ter uma assessoria para que dados geológicos e também históricos de cada região seja usado a favor de cada nova perfuração. Cada estado tem registros de poços já perfurados, mas é possível contar com informações das próprias empresas de perfuração como por exemplo a Tec-Drill, que já passou da marca dos 3.000 poços perfurados desde sua fundação em 1997 onde foram perfurados em vários estados brasileiros (SP, MG, RJ, PR, GO). Dos projetos executados, 20% dos poços foram perfurados em formações sedimentar “areia e argila” e estes atenderam 95% da necessidade do cliente. Os outros 80% deles são poços em locais que foram encontrados rochas cristalinas, os quais em 87% dos casos atenderam a vazão solicitado pelo cliente, com até dois poços perfurados.  Por isso, recomendamos que se busque uma empresa de qualidade, com profissionais especializados, como geólogos e engenheiros e que aja de acordo com as normas de segurança e legislação vigentes. Isso garantirá que todos os cuidados práticos e técnicos serão tomados praticamente eliminando a possibilidade de algo assim ocorrer. Existe também um assunto muito polêmico no que diz respeito aos procedimentos por busca de água, que é o uso da Radiestesia. Historicamente muitos clientes relatam que tiveram um bom resultado utilizando esta técnica, mas este recurso não isenta a empresa de entregar ao cliente um estudo adequado Hidrogeológico junto da obtenção da licença para perfurar. 

E se a água acabar?

Mas, se mesmo depois de estudos de todas as medidas tomadas, em obediência a toda a legislação vigente, á água sumir? Chega-se ao fundo poço? Não, essa é uma outra diferença que faz optar por uma empresa especializada.  No primeiro momento deve-se testar a vazão da água, por meio do teste de bombeamento, muitas empresas ao perfurarem um poço fazem um teste da vazão após o término da perfuração. Esta vazão pode ser apenas aparentemente contínua, portanto, cuidado!  Seguindo o procedimento: insere-se a bomba abaixo da entrada de água, se não houver caimento de rocha e realiza-se o exame em intervalos de minutos durante 24 horas para conhecer o volume de água, ou mesmo, se ela existe naquele local, como indicaram os sensores e as pesquisas. Nesse caso, normalmente as empresas que prestam esse serviço cobram pela perfuração, independente do achado. A primeira coisa que você terá que fazer então, é pagar pelo serviço e buscar um novo ponto de perfuração. E se você não contratou o estudo geofísico da primeira vez, da segunda vez não hesite em fazê-lo, sob o risco de obter um novo poço improdutivo. 

Razões que podem levar um poço a secar 

Um recurso contaminado pode influenciar diretamente na redução da vazão ou até extinção completa da água no poço. Mas assim como em outros biomas da natureza, ela apresenta alguns sinais de alerta antes de secar completamente. Quando o que se consegue bombear é uma espécie de água espessa, com odor diferente e coloração escura, alguma coisa interferiu de forma negativa naquele local, o que normalmente está relacionado com um dano no revestimento ou falta de manutenção preventiva e consequentemente fechamento das entradas de água pelos filtros. https://www.youtube.com/watch?v=7dnbOJAoxT0

  • Avaliação hidrogeológica 

Para reverter a situação, no entanto, pode-se tomar algumas providências: fazer uma análise minuciosa no equipamento quanto sua capacidade produtiva, na vazão e na qualidade do líquido, verificar cada ponto de maneira detalhada e avaliar as possibilidades: o que pode ter causado aquilo e quais foram as consequências decorrentes. Identificando o problema, é hora de fazer uma avaliação hidrogeológica, com testes seletivos e fatalmente uma filmagem interna do poço. https://www.youtube.com/watch?v=orAis_lHIKw Se a vazão do poço diminuir comparativamente a vazão original, na filmagem é possível a constatação visual de incrustações sobre os filtros, o que de fato, compromete a vazão fatalmente e traz problemas no abastecimento. Também será possível ver a bomba cavitando por falta de água, pois originalmente a bomba foi dimensionada para uma vazão e altura manométrica maior.  Quando é instalado um sistema de monitoramento remoto é possível detectar estes problemas logo no início e com isso trazer segurança ao abastecimento.

  •  Recuperação do poço quando rompeu o revestimento 

Caso seja comprovado o rompimento de um poço através da perfilagem ótica, existem alguns paliativos de recuperação que podem ser utilizados antes de se decidir por um novo poço. Inicialmente será necessário uma avaliação técnica minuciosa por um Geólogo, pois será necessário avaliar se houve o rompimento dos filtros ou em locais de junções com solda ou roscas.  Existe um método para selar o rompimento com PAKER, porém o uso deste recurso requer uma análise de diâmetros úteis do poço e avaliação de profissional que tem experiência com este tipo de serviços.  Outro recurso seria o encamisamento do poço, que consiste na descida de uma coluna de revestimentos com tubos e filtros (estes tem que ser avaliados para decidir sobre a viabilidade).  Esta solução é paliativa e não uma definitiva. Ainda é provável que com a descida desta nova coluna se traga alguns prejuízos, primeiramente na vazão, por perda de carga ou até por não filtrar totalmente a água dos sólidos e ficar produzindo partículas. É importante ponderar bem os custos de um novo poço e os riscos de optar pelo reparo e não ficar perfeito.  Outro ponto importantíssimo está no controle da vazão em contraponto ao da extração. Como já foi abordado, o uso sem controle e estudo técnico da água como se fosse um recurso inesgotável pode levar muitos a essa surpresa final. Portanto, se você não achou água, realizou todos os procedimentos teste e ainda assim, não conseguiu resolver, a solução é fazer um novo estudo para uma nova perfuração e utilizar o método da geofísica.  A capacidade condutora de eletricidade dos solos e rochas pode facilitar o encontro de poço de água também, além de minerais e de petróleo, a tecnologia está cada vez mais assertiva. Isso porque, a presença de água nas fissuras da rocha gera um aumento da condutividade elétrica. Ou seja, quanto mais energia tiver ali, mais água existirá naquela localidade.  E querendo saber um pouco mais sobre as etapas necessárias para a perfuração de um poço artesiano, nós preparamos um artigo explicando esse assunto em detalhes, clique aqui para mais informações: TUDO SOBRE POÇOS

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